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  • Representatividade importa?

    Agência Choveu

    5 de dezembro de 2018

    2018 está chegando ao fim, mas vai ficar para sempre em nossa memória. Primeiro, porque foi um ano de muitos acontecimentos marcantes, principalmente no cenário brasileiro e na forma como o país se relaciona com o resto do mundo. Mas uma das principais discussões que ganhou muita força durante o ano todo foi sobre a representatividade.

    Seja no cenário político, no entretenimento (especialmente a TV) e principalmente na publicidade, inúmeros grupos de minorizados clamaram para serem notados, vistos e mostrados. As redes sociais tornaram-se palco para diversos temas de militância e funcionaram como canal de organização para encontros e manifestações presenciais.

    Ter voz é importante. Dar voz também. Os efeitos de uma comunicação includente não tem como não ser positivo. Afinal de contas, qualquer pessoa tende a preferir uma marca que dialoga abertamente com ela. O movimento é exatamente a contramão do que se via até então: as pessoas pararam de se adaptar à oferta, as ofertas (e o diálogo) precisam agora se adaptar à realidade de cada pessoa.

    Se compararmos campanhas de 2018 com as de 5 anos atrás, por exemplo, vamos certamente perceber uma presença muito maior de gordos, negros, deficientes, gays, transgêneros entre outros grupos sociais possíveis. Uma transformação que vem caminhando de forma gradativa em resposta às exigências de consumo e de consumidores, ou seja, de quem mantém marcas e anunciantes funcionando. Tudo poderia indicar que se trata de um caminho certeiro e sem volta.

    Mas por outro lado, o ano também foi marcado pela intolerância e consequentes ataques de violência aos diferentes. O que de certa forma intimida e faz algumas iniciativas recuarem em meio a retaliações de todos os lados. Essa pressão popular nos faz repensar incessantemente o que é opinião, preconceito, preferência e discriminação. E estamos, como sociedade, muito longe de chegar a alguma conclusão sobre esses pontos.

    O ponto aqui é que quando uma estrutura familiar fora dos padrões, uma beleza fora dos padrões, um discurso fora dos padrões começa a ganhar lugar, surge naturalmente uma nova discussão: afinal, quais são os padrões e quem os define? E é neste momento que percebemos o papel e o valor da publicidade, da comunicação em massa, das declarações do que é moda ou tendência.

    A representatividade importa hoje mais do que nunca. Para que daqui por diante, o público passe a participar mais ativamente dessas definições sobre padrões estéticos, sociais e comportamentais.

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